Investigadores de Oregon anunciam esta semana na revista "Nature" uma nova abordagem para uma vacina contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH). Louis Picker, autor do artigo, disse que a abordagem lhe parece a mais promissora até ao momento. Ainda assim, e depois dos resultados com macacos-rhesu, seguem-se ensaios clínicos para testar a segurança da imunização em humanos, que nunca levarão menos de três anos. "Estou muito optimista de que será possível fazer uma vacina eficaz contra o VIH/sida, mas realisticamente, ainda está a vários anos de distância."
No novo artigo, os cientistas anunciam ter vacinado um grupo de macacos-rhesus contra o vírus da imunodeficiência símia (SIV), o equivalente ao VIH. Um ano depois da imunização, mais de metade dos animais apresentam cada vez menos sinais de estarem infectados com o vírus e os investigadores acreditam que a reposta imunitária provocada pela vacinação poderá eliminar por completo o SIV, sendo a primeira a fazê-lo. Picker explica que a grande dificuldade tem sido encontrar uma forma de impedir que o VIH escape às primeiras ofensivas do sistema imunitário. "A imunidade natural ao VIH, bem como outras vacinas em estudo, só interceptam a infecção quando ela está disseminada pelo corpo", diz. Esta é diferente porque, através de um vírus comum no organismo, mantém o sistema imunitário em alerta permanente. "É a primeira capaz de pôr as células T antivirais no sítio certo para fazer com que a infecção seja vulnerável. O vírus da sida não é impossível de travar, tem um calcanhar de Aquiles que pode ser explorado pela vacina."
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