16 de janeiro de 2013
Kathryn Bigelow defende tortura em A Hora Mais Escura
A diretora Kathryn Bigelow defendeu a inclusão de cenas de tortura em seu novo filme, “A Hora Mais Escura”, em entrevista publicada nesta quarta (16/1) no jornal Los Angeles Times. O uso de tortura foi bastante criticado por políticos, militares e até atores que votam no Oscar. No filme, é por meio de tortura que se chega ao paradeiro do terrorista Osama Bin Laden.
“A tortura foi, como sabemos, empregada nos primeiros anos da caça à Osama bin Laden. Isso não significa que foi a chave para encontrar o terrorista, significa que é uma parte da história que eu não podia ignorar”, ela explicou ao jornal.
Em dezembro, um grupo de senadores norte-americanos divulgou uma carta com duras críticas à distribuidora Sony Pictures, chamando o filme de “grosseiramente impreciso e enganoso”, por sugerir que o governo americano usou métodos de tortura na captura do terrorista. E, após a indicação do filme ao Oscar, um grupo de atores veteranos lançou uma carta aberta pedindo que os demais membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não votassem em “A Hora Mais Escura” para nenhuma categoria. Sintomaticamente, o nome de Kathryn Bigelow ficou de fora da lista dos candidatos a Melhor Direção.
“A guerra, obviamente, não é bonita, e nós não estávamos interessados em retratar uma ação militar livre de consequências morais”, completou a cineasta.
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