De acordo com matéria publicada pelo jornal The Independent, uma nova pesquisa aponta que as ilhas britânicas poderiam se tornar uma vasta "arca" dedicada à biodiversidade - ou ARC, sigla em inglês para área de colonização assistida regional. São locais onde espécies da flora e da fauna ameaçadas pelas mudanças climáticas podem iniciar uma nova vida.
O lince ibérico, a águia imperial espanhola, borboleta de anelzinho de Prunner e outras estão entre espécies potencialmente cotadas para se mudar para a Grã-Bretanha em regime de urgência. Segundo os pesquisadores, as ilhas estão idealmente posicionadas para se tornar uma ARC.
O biólogo Chris Thomas, da Universidade de Nova York defende que as espécies poderiam ser transferidas para lá como única opção realista de conservação para espécies que não têm como escapar das ameaças climáticas.
Segundo a matéria, tais deslocamentos foram realizados em pequena escala, por razões de conservação, e muitas foram bem sucedidas. Cientistas da Nova Zelândia e Austrália, países que perderam boa parte de sua biodiversidade devido à introdução de espécies exóticas - têm desenvolvido uma estratégia exitosa de criação de espécies ameaçadas de extinção em ilhas onde os predadores não estão presentes.
"A Inglaterra possui poucas espécies nativas, tem sua vegetação fortemente modificada pelo homem e parece quase imune à extinção por espécies introduzidas, portanto, representa um destino ideal para as espécies deslocadas pela mudança climática",acrescenta o biólogo.
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