O número de cetáceos, como golfinhos e baleias, mortos pela maré negra da BP (British Petroleum) no golfo do México em 2010, pode ter sido subestimado. Ele seria superior a 5.000, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira.
A pesquisa –divulgada na “Conservation Letters”, revista da Sociedade para Conservação Biológica– mostra que essa quantidade pode ser multiplicada por 50, estabelecendo um novo registro que vai muito além da contagem inicial.
Na zona afetada, havia 101 carcaças, o que leva a crer que poucos cetáceos foram vítimas do petróleto que vazou durante 106 dias de poço da plataforma Deepwater Horizon. Mas, na realidade, os esqueletos representam uma pequena parte dos animais que morreram.
“A maré negra da Deepwater, a maior de que se tem conhecimento nos Estados Unidos, tem, aparentemente, apenas um impacto modesto sobre a fauna, levando a crer que os estragos causados ao ambiente foram mínimos”, considera Rob Williams, professor da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, e principal autor deste estudo.
“Essa impressão é explicada pelo fato de os estudos terem feito uma correspondência entre o número de vítimas e o de esqueletos encontrados na costa”, explica.
Normalmente, apenas 2% das carcaças de cetáceos são achadas, de acordo com estimativas históricas das populações desses animais e a taxa natural de mortalidade nesta região, combinada com a contagem anual das mesmas.
O lote de 101 carcaças, considerado pequeno pelos pesquisadores, também seria explicado pelo fato de os animais morrerem longe da costa –a maré negra da BP foi registrada a 60 quilômetro ao longo do estado de Louisiana.
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