14 de abril de 2012

A volta do Titanic

Segunda melhor bilheteria da história, fenômeno que levou multidões a chorar e assistir ao mesmo enredo repetidas vezes antes de surgirem na telona os filmes de Harry Potter e Crepúsculo, Titanic volta para os cinemas a partir de hoje. E repaginado.

O retorno da história de amor entre Rose e Jack não acontece em um momento qualquer. O filme completa 15 anos do lançamento inicial (feito em dezembro de 1997), e reestreia uma semana antes do centenário do naufrágio do transatlântico que era considerado indestrutível.

Titanic é uma grande produção em todos os sentidos. Primeiro, por resgatar um dos maiores desastres da história. Depois, por ter 3h14min de duração, ter consumido cerca de US$ 200 milhões e faturado 11 Oscar's.

Superlativo também foi o faturamento do filme: Titanic conseguiu US$ 600,8 milhões nos Estados Unidos e outros US$ 1,24 bilhões no restante do mundo. No total, R$ 1,84 bilhões - mais de nove vezes o custo para ser produzido.

Com estes números, Titanic tornou-se a maior bilheteria de todos os tempos em 1997. Ele só seria superado em 2009 por outro filme dirigido por James Cameron: Avatar.

A produção, ambientada em Pandora, faturou pouco mais de US$ 760,5 milhões nos Estados Unidos e outros US$ 2 bilhões nos outros mercados mundo afora. No total, US$ 2,78 bilhões. Mas como o filme custou mais que Titanic, certamente o lucro dele não chegou a ser tão grande quanto o filme de Jack e Rosie.

James Cameron repaginou Titanic para o formato 3D. Segundo a crítica Claudia Puig, do USA Today, os cenáriso estonteantes e os momentos de tensão da produção original ficaram ainda mais espetaculares com o recurso 3D. "Ao contrário de muitos filmes 3D que são escuros, as imagens do Titanic são mais nítidas, e a inundação quase vertical e a quebra do transatlântico em dois após o choque com o iceberg é ainda mais angustiante", escreveu.

De acordo com a crítica, as cenas das inundações, assim como o desespero dos ocupantes do Titanic por sobreviver, e a heróica sequência em que Jack salva Rose de pular da borda do transatlântico acabam sendo ressaltados pelos novos efeitos.

O 3D evidencia o "virtuosismo técnico" do diretor, na opinião de Puig, na mesma medida que torna evidente algumas fraquezas do roteiro, da edição e a sobra de certas cenas que não seriam necessárias.

Por outro lado, sequências como a tentativa do transatlântico de desviar do iceberg e as quedas dramáticas que seguem ao choque acabam sendo irritantes - a conversão não resolve os problemas do original, segundo Puig.

Segundo o crítico Peter Howell, do Toronto Star, a repaginada de Titanic para o 3D é um "sucesso absoluto". Ele percebeu isso ao ver um "grande número de espectadores" chorando durante e após a pré-estreia do filme, o que comprovaria o "impacto duradouro do romance" entre Rose e Jack.

James Cameron teria gasto US$ 18 milhões e 60 semanas para transformar o Titanic original, em 2D, nesta nova versão em 3D. O resultado está em cada segundo do filme, segundo Howell, porque a produção ficou com imagens mais nítidas e iluminadas. A grandiosidade do Titanic é percebida de maneira ainda mais forte pelos espectadores, assim como a sequência em que a câmera gira enquanto a orquestra toca fica mais intensa, a ponto de quase provocar vertigem.

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