15 de dezembro de 2010
Aquecimento global
O aquecimento global é uma conseqüência das alterações climáticas ocorridas no planeta. Diversas pesquisas confirmam o aumento da temperatura média global. Conforme cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), o século XX foi o mais quente dos últimos cinco, com aumento de temperatura média entre 0,3°C e 0,6°C. Esse aumento pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, desencadeando vários desastres ambientais.
As causas do aquecimento global são muito pesquisadas. Existe uma parcela da comunidade científica que atribui esse fenômeno como um processo natural, afirmando que o planeta Terra está numa fase de transição natural, um processo longo e dinâmico, saindo da era glacial para a interglacial, sendo o aumento da temperatura conseqüência desse fenômeno.
No entanto, as principais atribuições para o aquecimento global são relacionadas às atividades humanas, que intensificam o efeito de estufa através do aumento na queima de gases de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão mineral e gás natural. A queima dessas substâncias produz gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), que retêm o calor proveniente das radiações solares, como se funcionassem como o vidro de uma estufa de plantas, esse processo causa o aumento da temperatura. Outros fatores que contribuem de forma significativa para as alterações climáticas são os desmatamentos e a constante impermeabilização do solo.
O degelo é outra conseqüência do aquecimento global, segundo especialistas, a região do oceano Ártico é a mais afetada. Nos últimos anos, a camada de gelo desse oceano se tornou 40% mais fina e sua área sofreu redução de aproximadamente 15%. As principais cordilheiras do mundo também estão perdendo massa de gelo e neve. As geleiras dos Alpes recuaram cerca de 40%, e, conforme artigo da revista britânica Caiense, a capa de neve que cobre o monte Kilimanjaro, na Tanzânia, pode desaparecer nas próximas décadas. Em busca de alternativas para minimizar o aquecimento global, 162 países assinaram o Protocolo de Kyoto em 1997. Conforme o documento, as nações desenvolvidas se comprometem a reduzir sua emissão de gases que provocam o efeito de estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990. Essa meta tem que ser cumprida entre os anos de 2008 e 2012. Porém, vários países não fizeram nenhum esforço para que a meta seja atingida, o principal é os Estado Unidos.
Portanto, atualmente os principais emissores dos gases do efeito de estufa são respectivamente: China, Estados Unidos, Rússia, Índia, Brasil, Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Coréia do Sul.
As ONGs ambientalistas Greenpeace e TicTacTicTac criaram outdoors que criticam a falta de ações mais concretas dos líderes mundiais contra o aquecimento global. Ao lado das fotomontagens com as imagens destes líderes, em 2020 (todos com os cabelos brancos), um texto que diz: "Desculpe, nós poderíamos ter impedido mudanças climáticas catastróficas... mas não impedimos".
Recomendo um filme:
Sinopse
O documentário, narrado e produzido por Leonardo DiCaprio, aborda os desastres naturais causados pela própria humanidade. Mostra como o ecossistema tem sido destruído e o que é possível fazer para reverter esse quadro. Entrevistas com mais de 50 renomados cientistas e líderes, como Stephen Hawking e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, ajudam a esclarecer essas importantes questões, assim como indicar alternativas possíveis à sustentabilidade.
Informações Técnicas
Título no Brasil: A Última Hora
Título Original: The 11th Hour
País de Origem: EUA
Gênero: Documentário
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento: 2007
Estréia no Brasil: 30/11/2007
Site Oficial: http://www.11thhourfilm.com
Estúdio/Distrib.: Warner Bros.
Direção: Nadia Conners / Leila Conners Petersen
Um pouco sobre o filme.
No clima de parceria, a lista de entrevistados chegou a 70 nomes e 150 horas de entrevistas. "A base do filme foi ir atrás de especialistas e realmente ouvir o que eles tinham a dizer, incansavelmente", explica DiCaprio.
Kenny Ausubel faz uma constatação: "O meio ambiente irá sobreviver. Nós é que corremos o risco de não sobreviver ou podemos viver num mundo em que não queremos viver".
Já Thom Hartmann, autor "The Lest Hours of Ancient Sunlight", tenta encontrar as raízes do problema. "Não se trata de questões tecnológicas ou do excesso de dióxido de carbono, assim como não se trata apenas de desperdício. Tudo isso são sintomas do problema, que é o modo como pensamos. O problema é, fundamentalmente, um problema cultural".
Entre uma e outra participação, DiCaprio aparece na tela para fazer um comentário e partir para um novo tópico. "Eu queria mesmo representar o papel de alguém que está investigando esse assunto. E como cidadão dos Estados Unidos, encontrar algumas respostas. Com esperança, as pessoas irão ver esse filme e aprender algo", conta o ator, um tanto humilde.
DiCaprio diz que se conseguir despertar esse sentimento em todos, a missão será cumprida. E diz, como se fosse óbvio: "Nós é que estamos vivendo nesse Planeta, agora. Por isso, nós somos a geração que deve se mover para mudar algo, fazer com que sejam implementadas soluções simples. Nem deveríamos pensar nisso, deveria ser algo natural acordar e ajudar o meio ambiente".
A pergunta é para todos: se o mundo é nossa casa, por que a gente aceita viver nessa sujeira?
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