7 de junho de 2017
Mulher-Maravilha abre com $225 milhões na bilheteria mundial
Os números impressionantes de bilheteria de “Mulher-Maravilha” comprovam a importância da representatividade no cinema. Ao todo, a super-heroína da DC Comics gerou renda de US$ 225,5 milhões no mundo todo. Só nos Estados Unidos, a arrecadação foi de US$ 100,5 milhões: 52% do público foi de mulheres.
É o melhor fim de semana de estreia de um filme dirigido por uma mulher nos EUA. As cifras do longa de Patty Jenkins superaram os US$ 85,1 milhões de “Cinquenta Tons de Cinza” (2015), assinado pela inglesa Sam Taylor-Johnson. Mundialmente, porém, “Cinquenta” ainda fica à frente, com US$ 242,4 milhões.
No Brasil, onde “Mulher-Maravilha” estreou quinta (1º/6), os números também foram significativos: público perto de 1,4 milhão de pessoas e renda de R$ 24,9 milhões. O desempenho mundial deve garantir um “Mulher-Maravilha 2”.
Dos mercados internacionais, a China foi o principal. Nos cinemas do país, Mulher-Maravilha arrecadou US$ 38 milhões. Outro detalhe importante é que o longa - que custou US$ 150 milhões para ser feito pela Warner Bros. -atraiu um público 52% feminino, um número consideravelmente maior que a média, que fica em torno dos 40%.
Mulher-Maravilha marca a primeira estreia de um filme de heróis liderado por uma mulher desde que Mulher-Gato e Elektra foram lançados nos anos 2000. Ambos não tiveram um bom desempenho na bilheteria.
Agora, a diretora Patty Jenkins é dona da melhor estreia para um filme dirigido por uma mulher nos EUA, superando 50 Tons de Cinza, de Sam Taylor-Johnson, que havia arrecadado US$ 85,1 milhões.
Patty Jenkins, a diretora por trás do sucesso
“Mulher-Maravilha”, a primeira aventura da superpoderosa amazona, tem assinatura de Patty Jenkins, uma cineasta que conhece bem as agruras de tentar comandar produtos de grande orçamento em Hollywood.
A bordo da Marvel, a americana de 45 anos foi contratada para dirigir “Thor: O Mundo Sombrio” (2013). Deixou o projeto em 2011 por “diferenças criativas”, a desculpa padrão dada pelos estúdios quando um cineasta é demitido.
“Pensei, ‘se pegar esse projeto, será um desserviço para as mulheres'”, disse Patty em entrevista anos depois, em referência ao longa. Após começar em curtas-metragens, a diretora emplacou vitória no Oscar já no filme de estreia “Monster: Desejo Assassino” (2003).
Um projeto pequeno, de US$ 8 milhões, mas lucrativo (US$ 60,3 milhões). Charlize Theron levou a estatueta ao interpretar a serial killer Aileen Wuornos. Mesmo com um primeiro longa oscarizado, Patty Jenkins sofreu com a falta de oportunidades em Hollywood.
Desde “Monster”, Patty fez episódios de séries (“Arrested Development”, “Entourage”, “The Killing”, “Betrayal”) e participou de dois telefilmes: “Cinco pela Cura” (2011), antologia de curtas sobre câncer de mama que reuniu outras quatro diretoras, e “Exposed” (2015).
“Mulher-Maravilha”, além do sucesso de bilheteria, tem atraído críticas favoráveis, ao contrário dos três filmes anteriores do universo DC. “O Homem de Aço” (2013) e sobretudo “Batman vs Superman” (2016) e “Esquadrão Suicida” (2016) foram massacrados pela imprensa.
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