9 de julho de 2016

"Procurando Dory" reina nos EUA



A animação “Procurando Dory” se manteve em 1º lugar pela terceira semana consecutiva na América do Norte. O filme da Disney/Pixar somou mais US$ 41,9 milhões para atingir US$ 372,2 milhões no mercado doméstico. Com isso, já se tornou a segunda maior bilheteria do ano nos EUA, atrás apenas de “Capitão América: Guerra Civil” (US$ 405,4 milhões), da própria Disney. No mundo inteiro, o filme soma US$ 538,2 milhões.

O sucesso de “Dory” representou má notícia para os três lançamentos do fim de semana. Embora não tenha superado a animação, “A Lenda de Tarzan” foi quem chegou mais perto. O filme rendeu US$ 38,1 milhões, ocupando o 2º lugar e superando expectativas negativas do próprio estúdio. Entretanto, seu orçamento de US$ 180 milhões impede maiores comemorações. A nova versão da história do Homem-Macaco vai precisar de grande retorno internacional para se pagar. A estreia no Brasil está marcada apenas para 21 de julho.

O terceiro filme da franquia “Uma Noite de Crime”, que, sem maiores explicações, recebeu o lamentável título de “12 Horas Para Sobreviver – O Ano da Eleição” no Brasil, fez US$ 30,8 milhões em 3º lugar. O resultado foi melhor que a estreia do longa anterior, “Uma Noite de Crime: Anarquia” em 2014, o que deve render encomenda de quarto filme. O lançamento nacional está agendado só para setembro.

Por fim, “O Bom Gigante Amigo”, volta de Steven Spielberg à fantasia juvenil, amargou um inequívoco fracasso. Com apenas US$ 19,5 milhões, o longa orçado em US$ 140 milhões é o segundo fiasco da Disney em 2016, após “Alice Através do Espelho”. Apesar de bem avaliado pela crítica (71% de aprovação no Rotten Tomatoes), a produção deve amargar um dos maiores prejuízos do ano, que nem a distribuição internacional deve compensar – chega no Brasil em 28 de julho. Felizmente, o estúdio tem os lançamentos da Marvel, Pixar e LucasFilm para compensar.

BILHETERIAS: TOP 10 EUA

1. PROCURANDO DORY
FIM DE SEMANA: US$ 41,9 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 372,2 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 538,2 MILHÕES
2. A LENDA DE TARZAN
FIM DE SEMANA: US$ 38,1 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 38,1 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 56,9 MILHÕES
3. 12 HORAS PARA SOBREVIVER – O ANO DA ELEIÇÃO
FIM DE SEMANA: US$ 30,8 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 30,8 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 31 MILHÕES
4. O BOM AMIGO GIGANTE
FIM DE SEMANA: US$ 19,5 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 19,5 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 23,4 MILHÕES
5. INDEPENDENCE DAY: O RESSURGIMENTO
FIM DE SEMANA: US$ 16,5 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 72,6 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 249,7 MILHÕES
6. UM ESPIÃO E MEIO
FIM DE SEMANA: US$ 12,3 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 91,7 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 122 MILHÕES
7. ÁGUAS RASAS
FIM DE SEMANA: US$ 9 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 35,2 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 35,2 MILHÕES
8. FREE STATE OF JONES
FIM DE SEMANA: US$ 4,1 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 15,1 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 15,1 MILHÕES
9. INVOCAÇÃO DO MAL 2
FIM DE SEMANA: US$ 3,8 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 95,2 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 274 MILHÕES
10. TRUQUE DE MESTRE: O 2º ATO
FIM DE SEMANA: US$ 2,9 MILHÕES
TOTAL EUA: US$ 58,6 MILHÕES
TOTAL MUNDO: US$ 214,2 MILHÕES

Beyoncé critica violência policial contra negros: 'Parem de nos matar'


A cantora americana Beyoncé publicou nesta quinta-feira (7) uma carta aberta com fortes críticas às recentes mortes de negros por policiais dos Estados Unidos e afirmou que a comunidade não precisa de compaixão, mas sim respeito por suas vidas.

Ela citou as mortes de Alton Sterling, um homem negro de 37 anos morto na terça-feira (5) em Baton Rouge, na Louisiana, por dois policiais brancos, e do jovem Philando Castile, que morreu na quarta-feira (6) em Falcon Heights, em Minnesota, em outro incidente com agentes que o prenderam por uma infração de trânsito.Os episódios geram indignação e protestos.

"Estamos fartos e cansados dos assassinatos de homens e mulheres jovens em nossas comunidades. Depende de nós tomar uma posição e exigir que eles 'parem de nos matar'", escreveu a cantora.

"Nós não precisamos de compaixão. Precisamos que todos respeitem nossas vidas. Nós vamos nos mobilizar como comunidade e lutar contra qualquer um que acredite que o assassinato ou qualquer outra ação violenta contra aqueles que juraram nos proteger devem continuar constantemente impunes", completou Beyoncé.

A cantora, geralmente reticente a falar com a imprensa, tem se mostrado especialmente ativa em erguer sua voz contra a brutalidade policial como com o clipe que gravou sobre o tema, "Formation", lançado em fevereiro, e que gerou críticas por parte de alguns políticos conservadores americanos.

"Estes roubos de nossas vidas nos fazem sentir desamparados e sem esperança. Mas temos que crer que estamos lutando pelos direitos da próxima geração, pelos homens e mulheres que acreditam no bem", acrescentou a cantora, ao ressaltar que esta é "uma luta humana".

"Não importa a raça, o gênero ou a orientação sexual. Esta é uma luta para qualquer um que se sente marginalizado e que não tem direito à liberdade e aos direitos humanos. "

Na mensagem, a cantora quis deixar claro que o texto não é uma crítica contra todos os policiais, mas contra "aqueles seres humanos que não sabem avaliar a vida". "A guerra contra as pessoas de cor e contra todas as minorias deve acabar. O medo não é uma desculpa. O ódio não vencerá."

Leia, abaixo, a íntegra da carta aberta de Beyoncé:

Estamos fartos e cansados dos assassinatos de homens e mulheres jovens em nossas comunidades.

Depende de nós tomar posição e exigir que eles "parem de nos matar".

Nós não precisamos de compaixão. Nós precisamos que todos respeitem nossas vidas.

Nós vamos nos mobilizar como uma comunidade e lutar contra qualquer um que acredite que o assassinato ou qualquer outra ação violenta contra aqueles que juraram nos proteger devem continuar constantemente impunes.

Estes roubos de vidas nos faz sentir desamparados e sem esperança mas nós temos temos de acreditar que estamos lutando pelos direitos da próxima geração, pelos homens e mulheres jovens que acreditam no bem.

Esta é uma luta humana. Não importa sua raça, gênero ou orientação sexual. Esta é uma luta por qualquer um que se sente marginalizado, que está lutando por liberdade e direitos humanos.

Isto não é um recado a todos os oficiais de polícia mas para todo ser humano que não valoriza a vida. A guerra contra pessoas de cor e todas as minorias precisa acabar.

Medo não é uma desculpa. O ódio não vencerá.

Nós todos temos o poder de canalizar nossa raiva e frustração para a ção. Nós devemos usar nossas vozes para fazer contato com políticos e legisladores e nossas comunidades para pedir mudanças sociais e judiciais.

Enquanto nós rezamos pelas famílias de Alton Sterling e Philando Castile, também rezaremos pelo fim desta praga de injustiça em nossas comunidades.

Clique para fazer contato com os políticos e legisladores na sua área. Sua voz será ouvida.

- Beyoncé
Carta aberta de Beyoncé contra o assassinato e violência policial contra negros nos EUA foi publicada no site oficial da cantora (Foto: Reprodução/Site oficial)